
esses dois… são responsáveis pela existência da maioria dos artistas de quadrinho da atualidade. lógico que há outros como Diana, Zorro e o cabeça de teia, mas esses dois são a iconografia absoluta. o tempero da esperança e justiça que carregamos . não precisa nem gostar pra admitir a importância deles… enfim, brabos.
falei iconografia (estudo descritivo da representação visual de símbolos e imagens, sem levar em conta o valor estético que possam ter.) porque acho isso super importante em personagens e hoje é tão pouco explorado. quando terminei esse desenho que fiz para um estudo, isso me veio a cabeça. seja qual for o personagem que use capa, logo no peito e mascara, vai remeter a esses dois. lançaram a moda e ainda são destaque. lógico que ser o primeiro e fazer sucesso ajuda muito o que também não foi o caso. pra quem não sabe esses figurinos “supereróicos” vieram de outros heróis chamados aqui de lutadores de luta-livre ou telequete
nada se cria, nem se copia. se aperfeiçoa. 😀
hoje vemos muitos retratos, algum muito bem feitos, das figuras humana, mas nada que dê exclusividade ao personagem. que o difere de tantos outros.
sabe aquelas piadinhas que começamos a fazer depois de velho, do personagem nunca trocar de roupa? pois é, isso é importante na construção do personagem e para facilitar a identificação dele com o espectador, além de ajudar com o andamento a história. um penteado, um corte de roupa, cor… tudo ajuda. até para a localização geográfica sem precisar ficar explicando o tempo todo no texto. por isso são elementos a serem explorados exaustivamente. e outra, não precisa super informar a figura. às vezes, menos é mais. vide Steven Universe:
o moleque tem uma lusa vermelha com uma estrela amarela, calça jeans, sandália e cabelos cacheados no meio de um monte de figuras adolescentes e pré-adolescentes super descoladas. nem precisa imitar o traço da Rebecca pra identificarmos o ícone. assim como o nosso Irmão do Jorel:
não precisa nem comentar. só de ver alguém de galochas amarelas, é o Irmão do Jorel.
enfim, ícones são importes pra um personagem. faz parte da sua identidade além de ajudar o espectador a identificá-lo numa história
“então os personagens não podem mudar de roupa” sim, e deve. quando os símbolos são absorvido pelo espectador, qualquer troca nele já causa uma estranheza/surpresa e isso pode ser um ótimo gatilho na história (o que entra num outro esquema que postarei futuramente).
reveja seus personagens, seus figurinos, reduza o excesso, tire-o do lugar comum.
voltando ao estudo. fiz para testar uma técnica de sombreamento utilizando marcador de cera, por isso o estilo meio rascunhado, não acabado. e para minha surpresa foi a primeira vez que vi a imagem desses dois com um distanciamento do “foi eu que fiz” e consegui enxergar realmente os personagem além dos meus traços. e agora já estou a dois dias vendo esse desenho sem parar.
PJ